Coleção Égua de Vento

Um romance histórico de proporções épicas!

Os historiadores, os poetas e os bardos têm por hábito contar os feitos dos vencedores. Grandes conflitos ganhos por generais e seus exércitos, aventuras em que a supremacia de uns, se sobrepõe à derrota de outros.

A história da Lusitânia é escassa, pois os únicos relatos que chegaram até nós, chegaram justamente por quem a conquistou.

Mas que extraordinários devem ter sido esses homens dos montes e serras! Mencionados nos anais dos próprios conquistadores de forma tão solene e reverente.

Esta não é uma história de guerra ou de batalhas. Não exulta as façanhas deste ou doutro estratega militar. É tão só e apenas um testemunho das vidas destes homens e mulheres, Lusitanos que durante 200 anos tentaram manter as suas tradições e a sua cultura contra o maior Império do mundo: Roma.

Sobre o Livro

Ao Norte do Tagus está a Lusitânia onde vive a maior das tribos Ibéricas. Este país é fértil e atravessado por rios grandes e pequenos, que vêm todos do lado oriental e correm paralelos ao Tagus.

São navegáveis na maior parte do seu curso e contêm muita areia. A Natureza merece um elogio por estes rios terem margens altas e poderem receber o mar nos seus leitos durante a maré-alta. É habitado por 50 tribos. Estas tribos da montanha vivem de maneira simples, bebem água e dormem no chão nu. Usam cabelos compridos, como as mulheres, mas durante a luta atam-no. Também fazem cerveja. Quando estão embriagados dançam em círculo, ao som da flauta ou da corna em que saltam e se ajoelham. As suas vestes consistem em capas negras sobre as quais dormem, mas as mulheres gostam de vestidos coloridos.

Só têm uma mulher, como os gregos. Estes lusitanos são os mais fortes entre os iberos; para a guerra levam escudos muito pequenos, tecidos de nervos, com os quais, e graças à sua dureza, podem facilmente defender o corpo. Durante a luta manejam-no com destreza, movendo-os de um lado para o outro do corpo, defendendo-se com habilidade de todos os golpes que caem sobre eles. Também usam lanças, inteiramente feitas de ferro e com ponta em forma de arpão, não usam capacete e cantam hinos de guerra que lhes levantam os ânimos. Usam uma espada muito parecida com a dos celtiberos; lançam as suas lanças com precisão e a grande distância causando frequentemente ferimentos muito graves.

São ágeis no movimento e rápidos na corrida, por isso fogem e perseguem o inimigo com muita rapidez. Com estas leves armaduras e sendo muito ágeis nos seus movimentos, e muito vivos de espírito, dificilmente podem ser vencidos. Consideram as rochas e as serras a sua pátria e nelas procuram refúgio por serem impraticáveis para exércitos grandes e pesados.

Não têm rei, o Chefe é eleito numa assembleia, normalmente é o homem mais forte e que consideram mais justo e se acharem que não está a desempenhar bem o seu cargo, logo arranjam outro. São um povo primitivo e indisciplinado.

sobre a Autora

Desde cedo entusiasta da alta fantasia literária – fiel aos universos de Marion Zimmer Bradley, Michael Moorcock e Tolkien – Sónia Ferreira, nascida em Lisboa em 1978, mostra agora o seu talento neste primeiro volume histórico-fantástico.

Fascinada pelo passado, o seu verdadeiro e grande amor reside na busca pela origem das culturas humanas, de entre elas a cultura Lusitana.

Esses primeiros homens que desbravaram terra virgem, criaram os pilares das civilizações que conhecemos hoje e daquelas que já desapareceram nas areias do tempo.

Esta obra é a sua voz... Mors-Amor

Testemunhos

“História e Fantástico são uma combinação épica nas mãos da Sónia Ferreira.

Num mundo ideal, a Sónia já tinha a HBO a bater-lhe à porta – mas enquanto isso não acontece, o leitor que aproveite as vívidas imagens contidas nas palavras dela para fazer o filme na sua cabeça.”

NUNO MARKL

“As biografias são a minha matéria favorita. Mas devo confessar que até este coração empedernido (ou será de ferro?) ficou mais palpitante com esta épica narrativa de proporções colossais.

Se gostam de ficção histórica podemos afirmar que este “Mors-Amor” estará no topo do que de melhor se produziu em Portugal. Deixem-se levar pelo aroma da urze e espreitem mais à frente um ser fantástico a haurir o cristalino néctar de um arroio…”

ANTÓNIO FREITAS